pregadores do trem

 

 

segunda-feira, 7 de julho de 2008

CRUZADA CONTRA OS PREGADORES DO TREM

fonte: oglobo
 
Esse é o nome de uma reportagem veiculada no jornal "O ESTADO DE SÃO PAULO" no sábado, 05 de Julho, a mesma fala sobre o trabalho interdenominacional de servos de Deus que há 28 anos pregam a palavra de Deus no trem, na cidade de São Paulo.
O grupo de 2.000 evangélicos, segundo a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ), que realiza há tanto tempo esse trabalho, tem sido ameaçado pelo suposto desejo da companhia de manter a ordem no transporte, segundo a empresa o grupo de evangélicos engravatados e de saias longas, com suas pregações e cânticos tem transgredido o regulamento de transportes ferroviários , que proíbe a "prática de atividades que venham a perturbar usuários" segundo o seu artigo de número 40, o gerente da CPTM disse: " o trem não é local adequado para se fazer pregação".
A Cruzada Evangelística Interdenominacional do Trem das Boas Novas teve início em 1980, conta um dos pioneiros da obra, no referido ano o Pastor Cláudio Benedito da Costa convivia com o batuque no "vagão do samba", em resposta ao movimento do samba ele decidiu pregar a Palavra de Deus e o faz de lá para cá sem pretender abondar o ofício, existem regras a serem seguidas pelos pregadores, nunca devem ofender ninguém, independente do credo, não se prender a nenhuma discussão de cunho religioso nem se envolver e nenhum tipo de confusão.
Em 2007, 137 pessoas reclamaram das pregações no trem, número insignificante perto dos 2 milhões de passageiros que usam o transporte diariamente, não foi registrado na reportagem o número de reclamações e os danos que o "vagão da nóia" e o "casino" causam aos usuários do serviço de transporte.
Uma vez mais vemos em nosso país, as autoridades tentando impedir o Evangelho de ser pregado, valem-se de argumentos firmados em leis mal interpretadas para que possam de alguma forma frearem o progresso do Reino de Deus, desejam aprovar leis que venham nos impedir de repudiarmos o homossexualismo, o aborto, tornando-nos criminosos ao nos posicionarmos de forma bíblica diante da podridão da sociedade.
Mas, voltando-nos uma vez para a Palavra de Deus, vemos em várias ocasiões servos de Deus sendo injustiçados e perseguidos por pregarem a vontade do Senhor, não foi diferente com Elias, perseguido por Jezabel, João Batista, por falar contra o adultério de Herodes foi decapitado, o diácono Estevão apedrejado, o Senhor Jesus por anunciar a salvação de Deus a toda humanidade, foi maltratado e crucificado por aqueles que eram religiosos.
A tentativa de impedir servos de Deus de pregarem as boas novas do céu, não é algo novo, pelo contrário, existe há muitos anos e sempre existirá enquanto a Igreja estiver na face da Terra, é necessário que sejamos injuriados e até maltratados por causa do nome de Jesus, o próprio Mestre nos diz para nos alegrarmos se isso viesse a acontecer, pois grande é o nosso galardão no céu.
Portanto, preguemos a Palavra de Deus de forma sábia e organizada em todo tempo, quer se oportuno quer não, é o Espírito Santo que convence o pecador, precisamos apenas falar do Seu amor , Ricardo Almeida da Silva,29, viciado em drogas na década de 90 tornou-se traficante em 1998, ao se envolver em um assalto foi baleado e ficou em coma, após resistir aos ferimentos cumpriu 3 anos de prisão e em suas idas e vindas de trem aceitou o Senhor Jesus como salvador, hoje é um dos pregadores de Sua Palavra, o esforço dos pregadores do trem alcançou não só essa, mais varias vidas.
 
"CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,
Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências"


Cruzada contra pregadores de trem

Grupo de 2 mil evangélicos tenta manter prática que existe há 28 anos e começou a ser combatida pela CPTM

Bruno Paes Manso

 
Eles formam uma tribo ainda pouco conhecida dos paulistanos donos de carro. Nas linhas de trem da Grande São Paulo, porém, todos percebem quando estão por perto. Os pregadores de trem, um grupo de cerca de 2 mil evangélicos de diferentes denominações - que vão e voltam diariamente do trabalho cantando hinos religiosos e falando sobre Jesus Cristo dentro dos vagões -, lutam atualmente para preservar uma atividade que já dura 28 anos e foi colocada em xeque pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Respaldada pelo artigo 40 do regulamento de transportes ferroviários, que proíbe a prática "de atividades que venham a perturbar os usuários", desde o começo do ano passado os seguranças da empresa iniciaram uma cruzada para tirar do trem evangélicos que insistem em continuar pregando. Juntamente aos usuários de droga e vendedores ambulantes, são o alvo principal dos guardas. "O trem não é local adequado para se fazer pregação", diz o gerente de Segurança da CPTM, Júlio Antônio Gonçalves.

Na semana passada, para tentar sensibilizar os chefes da companhia, um grupo de evangélicos foi recebido na Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. Levaram dez boletins de ocorrência denunciando agressões e humilhações nas linhas de trem. "Trata-se de perseguição religiosa. Não queremos brigar com ninguém, mas conversar. Nossos direitos estão sendo violados", acusa o pastor Marcelo Oliveira Silva, de 34 anos, que prega há 13 nos trens e preside a Cruzada Evangelística Interdenominacional dos Trens das Boas Novas, entidade que representa o grupo.

A postura dos guardas da companhia, contudo, permaneceu a mesma. "A reunião não mudou nosso entendimento das normas, que continuarão sendo cumpridas", garante o gerente de Segurança. Ele condena eventuais excessos dos guardinhas, mas diz zelar pelo bem-estar dos passageiros. E cita as 137 reclamações registradas em 2007 por passageiros incomodados com os evangélicos.

Mas a situação terá desdobramentos. O vereador Carlos Bezerra Júnior (PSDB) ataca duramente o governo e diz que levará o assunto ao governador José Serra. "É uma decisão de burocratas higienistas que demonstram preconceito religioso e social. São pessoas que nunca pisaram na periferia e não sabem o papel desse grupo no dia-a-dia dos mais pobres."